Crianças podem jogar jogos de tiro?

Recentemente, um pronunciamento polêmico do presidente Lula sobre jogos trouxe à tona o debate sobre a influência dos jogos nas mentes das crianças e dos adolescentes. Em suma, muitos jogadores famosos e influenciadores se posicionaram contra o que foi dito. Mas o que os especialistas dizem a respeito?

O pronunciamento do presidente

Na reunião que ocorreu nesta terça-feira (18) no Palácio do Planalto, o presidente do Brasil afirmou que “não tem jogo, não tem game falando de amor. É game ensinando a molecada a matar”.

A afirmação gerou diversas controversas nos ambientes de debate público. Influenciadores, como o Felipe Neto, rebateram a afirmação: “Lula está errado. Essa análise é rasa, ultrapassada e não reflete a realidade. Mais um erro grotesco da comunicação do presidente”.

Em síntese, a argumentação do presidente possuía como fim justificar a onda de violência e terrorismo que vêm ocorrendo nas escolas brasileiras. “Eu duvido que tenha um moleque de 8, 9, 9, 10, 12 anos, que não esteja habituado a passar a grande parte do tempo jogando essas porcarias. Hoje a molecada joga com gente de outro país, passam noites jogando, e tudo isso resulta nessa violência no meio de crianças”, falou o presidente.

Qual o posicionamento dos especialistas quanto ao fato de crianças terem acesso a jogos de violência?

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

Professores, coordenadores de curso, desenvolveres de jogos e pesquisadores se posicionaram assertivamente quanto ao pronunciamento do presidente. Em suma, foi divulgada uma carta aberta para alertar a sociedade de que os jogos não são responsáveis por atos violentos.

Para isso, os autores da carta argumentaram que não há estudos que explicitem a relação direta entre jogos digitais e comportamentos violentos. Além disso, fizeram questão de ressaltar o fato de jogos serem produtos culturais importantes que podem, inclusive, trazer benefícios para à sociedade.

Outro fato argumentado se constata no fato de que jovens, crianças e adolescentes também podem utilizar jogos digitais para fins educativos. Em suma, isso pode estimular a criatividade, o pensamento crítico, a resolução de problemas e o trabalho em equipe.

Ao fim, os autores pedem que a sociedade estimule a criação e o desenvolvimento de jogos digitais educativos. Além disso, eles pedem o reconhecimento desses jogos como ferramenta de transformação.

A importância da classificação indicativa

Em contrapartida, apesar da postura das instituições científicas acerca do uso de jogos de violência, existe uma grande preocupação no que se diz ao desrespeito da classificação indicativa. Em resumo, a classificação indicativa tem como fim direcionar o conteúdo a públicos adequados.

As autoridades oficiais do conselho de classificação de cada pais é responsável por essa classificação indicativa. Em suma, a classificação e as indicações das autoridades devem ser respeitadas a fim de preservar a saúde, segurança e o desenvolvimento mental sadio das crianças, jovens e adolescentes.

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